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A rainha Vitória bolou um plano quase infalível para manter a unidade Europeia e perpetuar a monarquia no continente. O plano simples de Vitória era manter o continente sob o domínio da sua família, casando seus descendentes nas principais cortes europeias. Inicialmente, o plano de Vitória foi um sucesso, chegando ao ponto de ter descendentes seus em nove cortes, incluindo os tês homens mais poderosos do mundo, os primos Guilherme, Jorge e Nicolau, imperadores das três maiores potências do continente: Alemanha, Inglaterra e Rússia. Juntos eles formavam o que era chamado de "o clube".
Porém, a natureza humana, aliada às mudanças sociais acabou com o que parecia ser um modelo de estabilidade perene. A aparente calmaria foi virando uma rede de intrigas que culminou na primeira guerra mundial e no esfacelamento da monarquia. Este livro trata deste momento, que é um dos mais interessantes da história da civilização. Repleto de referências, o livro nos mostra a vida dos três imperadores, que nasceram com status de deuses, e desfrutaram de um mundo de sonhos. Estavam muito envolvidos em suas ocupações de playboys para perceber que o mundo mudava ao seu redor. Quando caíram na real, já era tarde demais. Morreram em outro mundo, onde a monarquia ou havia acabado ou perdido muito da sua força. O livro detalha a vida dos três e é fundamental para quem quer entender como o mundo chegou no que temos hoje.

Hoje choveu lama na Itália. Dizem que é uma poeira que está vindo da África. Só sei que eu, minha jaqueta, todas as pessoas em volta e os carros, e até as ruas ficaram cheios de barro. Achei um barato.

Quando pintou o teto da capela Sistina, Michelangelo enfrentou um mala, Biagio de Cesena, que era cardeal e convenceu o Papa de que aquele monte de gente pelada nas pinturas era uma indecência, um desrespeito com a igreja. O papa, sem saber o que fazer, contratou Daniele da Volterra pra pintar uns paninhos em cima dos pintos dos cabras. Daniele, além de nunca ter feito sucesso, ficou conhecido como "pintor de paninhos".
Como vingança, Michelangelo pintou Minos, o guardião do inferno, com a cara do Biagio de Cesena e meteu-lhe um par de orelhas de burro e uma cobra mordendo seu pinto. Já os santos, Michelângelo pintou com a sua cara e as dos seus amigos. Quando viu a obra, Biagio di Cesena foi reclamar com o Papa "santo padre" -disse ele- ", o Miguel Angelo me pintou no inferno com orelhas de burro!", o Papa respondeu: "no inferno? se fosse no céu ainda poderia te ajudar, agora o inferno está fora da minha jurisdição!".