12 junho, 2011

Livros que li recentemente



Vasily Grossman foi correspondente do Estrela Vermelha, o jornal oficial do exército vermelho. Sempre na frente de batalha, Vasily acompanhou o exército vermelho durante os três últimos anos da segunda guerra. Este livro é uma preciosidade, pois traz à tona não só os artigos de Vasily, mas principalmente seus diários e apontamentos pessoais.
É um livro impressionante que deve ser lido por todos aqueles que querem entender o que é uma guerra mundial. Prepare-se para conhecer a estupidez ilimitada do ser humano.




Eu saí tão perplexo da minha visita ao campo de concentração que queria entender um pouco mais. Tirei um dia para ler este livro onde o doutor Frankl, que esteve preso em cinco campos de concentração, relata toda a brutalidade daqueles lugares onde se matava por capricho, vidas eram ceifadas por causa de uma cama mal arrumada.
O mais bacana deste livro é o estudo de Frankl sobre de onde as pessoas tiravam forças para sobreviver à brutalidade. É interessante também o paradoxo entre os prisioneiros de campos, que não tinham nada a seu favor e mesmo assim se agarravam à vida com unhas e dentes e os futuros pacientes do consultório psicológico de Frankl, abastados que tinham tudo a seu dispor, e pensavam em se matar, tamanho o vazio existencial.
A resposta do doutor Frankl para o vazio humano? Propósito. Achar algo que te faça realmente feliz e se envolver de coração com aquilo. Lutar e lutar, sem pensar muito em ser feliz, pensando só no propósito.

Após a libertação:
"À noitinha, quando voltam a se reunir os companheiros em seu velho barracão, um
chega para o outro e lhe pergunta às escondidas: "Diga-me uma coisa: você chegou
a ficar contente hoje?" O outro responde: "Para ser franco, não!" E fica envergonhado, porque não sabe que com todos é assim. Literalmente desaprendemos o sentimento de alegria. Será necessário aprender de novo a alegrar-se. "



Segundo livro da série de Gêngis Khan. Neste volume após unificar todas as tribos das planícies, nômades e desgarrados, o Kã inicia os ataques ao império Jim (atual China). Nas intermináveis guerras entre mongóis e chineses, os chineses confiam na superioridade militar e sempre são pegos de surpresa pela guerra relâmpago e pela perspicácia das estratégias do Kã dos Lobos, que considerava um ataque frontal uma tremenda burrice, valorizando as táticas ardilosas e a inteligência como suas maiores armas.
Gêngis Khan foi implacável na vingança pelos anos que seu povo foi oprimido. Sua alma de lobo não busca pouso, só deseja passar a vida conquistando e cavalgando.

"Não há menor chance de fingirmos sermos nobres por trás de muralhas.
Nós não mostramos que as muralhas deixam as pessoas fracas? Somos cavaleiros irmão, sempre será assim.
Somos lobos. Em cidades nossos homens ficariam fracos e inúteis como os próprios jin e, um dia, alguém viria cavalgando, duro, magro e perigoso. Então onde estaríamos?"




Este eu li no avião, de um tiro só. Como se trata de simplicidade, Maeda fez questão de que seu livro tivesse 100 páginas. Trata de algumas colocações interessantes sobre simplicidade. Não tem nenhuma grande lição ou algo extraordinário. O valor do livro é mostrar que temos muito mais controle sobre as coisas simples. Complicar é o jeito mais fácil de perder o controle.
No caso de design, simplicidade é o que separa coisas bonitinhas de coisas irresistivelmente sedutoras, aquelas que nos fazem perder o ar, eis a fórmula dos produtos da apple.



.


Mais um que li no avião. Super crunchers fala de números sob uma ótica estatística. O legal do livro é mostrar que grandes convicções e certezas absolutas são postas abaixo quando se resolve medir.
O homem tem uma tendência inata a se iludir que só a matemática consegue desarmar.





<< Página inicial

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

Assinar Postagens [Atom]