03 agosto, 2012

O que aprendi em Paris




Primeiro fui a Londres, meu porto de desembarque. Londres é tão fantástica e tenho tanta afinidade com a cidade que caminhei até os pés sangrarem. Não estou exagerando, quando viu minhas meias, minha mãe perguntou se eu estava voltando da guerra.
Londres me ensinou o valor do meu Asics, tênis que deixei pra trás, trocado pela beleza de um Nike que encheu meus pés de bolhas. Nos últimos dias londrinos, lanchava sentado no meio fio como única forma de aliviar a dor.
De Londres peguei o trem bala para Paris, disposto a continuar a caminhada, para tristeza dos meus pés. Só pretendia dar descanso a eles quando chegasse em Amsterdam e alugasse uma bicicleta.
No segundo dia de Paris, depois de uma noite tomando cerveja na Bastilha, resolvi rever meu roteiro. Entrei em um site de um viajante, que dava dicas sobre o Louvre. Foi aí que aprendi uma lição valiosa.
O tal viajante recomendava fazer download do mapa do Louvre, marcar somente aquilo que tinha interesse, e curtir um dia agradável, usando todo o tempo para ver com calma as obras que realmente importam.
Experimentei fazer isto e funcionou muito bem.
No meio da tarde eu já tinha visto tudo que me interessava no Louvre e fui para a Sorbonne visitar papelarias e tomar cerveja.
A partir daí, vivo fazendo estas listinhas pra tudo. Sempre com meu caderninho de bolso, escrevo, rabisco, assinalo, e depois risco tudo. É na eliminação que está o valor da coisa.





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