08 agosto, 2012

Pescar mata-me tal como me faz viver

Por que lutamos tanto pela vida se a morte é certa? Por que o velho Santiago agarra a linha e não larga mais? O próprio Hemingway nos dá a pista quando Santiago, o velho do livro O Velho e o Mar, afirma: "o homem não foi feito para a derrota. O homem pode ser destruído mas não derrotado."
O velho e o mar é um livrinho fininho de Hemingway, dá para ler de um só tiro. Trata-se de uma pescaria, onde o velho Santiago está lutando por um peixe em uma batalha de vida ou morte. Um peixe que, em dado momento, ele reconhece como sendo sua própria imagem refletida, um igual. Esta pescaria é a história de uma vida inteira, onde as entrelinhas falam muito sobre a condição humana.
O que Santiago traz à tona é que, por melhores que sejam nossas companhias, estamos sempre sozinhos na luta pela vida. Temos a nosso favor a nossa pulsão de vida, nossos pensamentos e o oceano.
E mesmo que já tenham passado 84 dias sem apanhar um peixe, o peixe da sua vida pode aparecer no octogésimo quinto dia. E mesmo que você derrote este peixe, ainda pode ter que enfrentar tubarões dentuços.
Por isto Santiago não desanima quando atira seu barquinho ao mar, é na perseverança que o velho se sente vivo.



O Velho e o Mar deu o Pulitzer a Hemingway e esta animação, composta de 29.000 imagens pintadas diretamente sobre o vidro, deu o Oscar a Aleksandr Petrov





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