03 agosto, 2012

Que merda, Tony Sly morreu.

Quando eu era adolescente, Tony Sly também era adolescente. Ele era o cara que fazia aquelas músicas que eu tocava quando queria me sentir bem. Toda viagem que eu fazia pra Vitória, e eram muitas, eu levava uma fita dos caras pra ouvir no walkman. Era um walkman preto, todo adesivado e do tamanho de uma fita, que eu só desligava quando entrava no mar.
Definitivamente, esta não era uma relação de idolatria, era identificação com um cara que cantava o que eu pensava. Um cara que compartilhava uma visão de mundo que até então eu pensava ser só minha. Estas músicas sempre me deixaram em um estado de espírito muito bom, eu costumava dizer que hardcore californiano é música de gente feliz .
E assim a vida foi passando, fui construindo meu caráter com letras de hardcore, roteiros de HQ, filmes e bons amigos. Era a eles que eu recorria toda vez que precisava ser forte.
Por uma triste coincidência, hoje à tarde eu estava ouvindo NOFX e concluí que nenhuma banda da nova geração vai conseguir falar tão direto quanto as bandas daquela época. Os caras eram muito bem resolvidos.
Agora, ao ler a notícia de falecimento de Tony Sly aos 41 anos, as canções que me alegraram tanto tornaram se músicas de despedida. A causa da morte? Pouco me importa, o que importa é que o cara se foi.
Porra cara, é muito cedo pra dizer adeus.



Something tells me that you are free again
In a place that feels like home





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