01 setembro, 2012

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Quando eu tinha cinco anos, minha família se reuniu para ver minha apresentação de natação. Estavam todos lá em seus trajes de final de semana. Meu avô tinha vindo de longe, uma expectativa danada. Na hora do tal evento, cismei, pulei no colo do meu avô e me recusei a apresentar aquela bobagem. Queria mesmo era ficar com ele.
Desde muito pequeno sou assim, quando não quero fazer alguma coisa não há Cristo baixado que me convença. Tenho muita má vontade com forçação de barra.
Para eu gostar de ler, minha mãe teve que criar um desafio, para cada livro que eu lesse, ganharia um outro. Quase fali meu pai de tanto comprar livro e até hoje não meço despesas com este tipo de compra.
Para gostar de escrever, usei minha imaginação, ao invés de fazer aquelas redações sobre as férias, comecei a fazer redações sobre faroestes e ficções-científicas, transformei tarefas chatas em brincadeiras.
Há duas semanas fiz o mesmo com minha monografia, olhei para aquela sequência moribunda de slides e deletei tudo, na última madrugada eu transformei meu projeto em um roteiro de filme. Enchi meu estudo de caso com personagens reais cheios de emoções. Tinha de tudo na monografia, gente frustrada, gente querendo aparecer, heróis, vilões. Resultado, fui aprovado com conceito A.
O que eu faço é transformar a vida real em um jogo, uma grande diversão. Imagine que eu te proponha o jogo do dentista, funciona assim: a cada vez que escova os dentes, você ganha um bônus que te dá descontos no dentista. Mas pera aí, isto é um jogo? Não é isto que acontece na vida real?
Outro jogo um pouco mais sofisticado seria transformar uma viagem de férias em uma aventura 3D, em cada cidade visitada você pontuaria por visitar alguns locais e fazer algumas atividades que te dão prazer. Neste jogo você poderia até ganhar bônus por andar de bicicleta, comer umas comidas especiais ou fazer fotos de locais inusitados.
Vários aplicativos já estão sendo desenvolvidos com esta teoria que citei, chamada teoria da gamificação, o foursquare é um exemplo. A teoria que se propõe a transformar a vida em um videogame será a grande revolução dos próximos anos.
Paixão e diversão têm poder transformador.




Com sete dinâmicas de jogos, você consegue que qualquer um faça qualquer coisa





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