20 julho, 2014

O míssil russo e o avião da Malaysia Airlines

Atualmente estou envolvido em um projeto de radiofreqëncia e ando bastante interessado no assunto. Uma coisa leva a outra e fiquei curioso sobre o acidente que aconteceu na Ucrânia. Vamos aos fatos:

O Sistema de mísseis
O míssil usado pelos rebeldes foi, provavelmente, um SA-11 Gadfly (mosca de cavalo) ou um SA-17 Grizzly (grisalho). SA significa Surface Air (terra-ar), são mísseis lançados da terra para atingir alvos que voam. Estes mísseis russos de médio alcance estão por aí desde os anos 70. Velhinhos né!? Só que estes velhos são bem perigosos, eles podem atingir aeronaves a até 80.000 pés (24,38 km) de altitude, e 30 milhas (48,28 km) de raio. O avião da Malaysia estava a 33000 pés, uma presa fácil.

Como funciona o sistema?
O sistema de mísseis é formado por 3 a 5 veículos. Os mísseis ficam montados em cima de um blindado que parece um tanque. Em outro caminhão fica o radar onde há um compartimento apertado, com a tela de radar. Pense bem, o design é soviético, simples e tosco. Quem já viu o painel de um Lada sabe do que estou falando
Nesta telinha tosca, todo objeto voador aparece como um pontinho. Antes do ataque, o radar envia ao avião um sinal com uma pergunta: "QUEM É VOCÊ?". Não se trata de uma pergunta feita a uma pessoa, é uma conversa entre radares, um aperto de mãos digital. Se é um avião militar aliado ele se identifica, os dois "apertam as mãos" e um não atira no outro. Caso ele seja um avião inimigo, OU UM AVIÃO COMERCIAL, não há aperto de mãos digital, o que torna estes aviões um alvo em potencial.
Para dar independência ao sistema, o radar é desconectado do sistema nacional de radares do Controle de Tráfego Aéreo. Pensa só, é um míssil feito para proteger tropas terrestres, ele precisa ser autônomo.
Um sistema que poderia prevenir o "acidente" é o transponder, um sinal de rádio que um avião envia para outros sem a passar pelo sistema de tráfego. É como se um avião piscasse o farol para o outro avisando quem ele é e onde está. O problema é que o transponder não diferencia aviões civis e militares.

Qual a solução?
Segundo especialistas, a forma de prevenir este tipo de catástrofe seria conectar o sistema terra-ar ao sistema nacional de Controle de Tráfego Aéreo. Nunca farão! Segurança não é exatamente uma prioridade em sistemas militares e estaremos sempre sujeitos a este tipo de aberração ao passarmos por territórios em conflito. A solução óbvia que ninguém fez: Fechar o espaço aéreo na região.


Olha o danado aí:





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