16 novembro, 2014

Lockheed SR-71 Blackbird

"Eu estava pilotando o avião de reconhecimento SR-71, a aeronave mais veloz do mundo, acompanhado do major Walter Watson, operador de sistemas de reconhecimento do avião. Havíamos cruzado a Líbia e estávamos nos aproximando do fim da volta sobre o deserto quando Walter me informou que estava recebendo sinais de lançamento de mísseis antiaéreos. Rapidamente aumentei a velocidade, calculando quanto tempo levaria para os mísseis supersônicos SA-2 e SA-4 chegarem à nossa altitude. Imaginei que conseguiria anulá-los com uma manobra evasiva e depois retornar à nossa rota, confiando nossas vidas ao desempenho do avião. Depois de longos e agonizantes segundos, fizemos a manobra e voamos para o Mediterrâneo. “Talvez você queira puxá-lo para trás”, sugeriu Walter apontando para o manete dos motores. Foi quando eu notei que ainda tinha os manetes à força máxima. O avião estava voando um quilômetro por segundo, muito acima do nosso limite de Mach 3.2 (3,2 vezes a velocidade do som). Era o mais rápido que podíamos voar. Puxei os manetes para a potência mínima logo ao sul da Sicília, mas mesmo assim passei direto pelo avião-tanque que nos esperava sobre Gibraltar.
... É uma corrida que esse avião não vai perder. A velocidade alcança Mach 3,5 e chegamos a 24385 metros de altitude. Somos uma bala agora – excepcionalmente rápidos. Chegamos à curva e me sinto aliviado à medida que o bico do avião se afasta de um país do qual já vimos bastante. Passamos por Tripoli, nossa velocidade fenomenal continua a aumentar, e o “Sled” engana o inimigo mais uma vez, deixando apenas uma explosão sônica. Em segundos, não vemos mais nada além do imenso azul do Mediterrâneo. Percebi que ainda tenho minha mão esquerda sobre o manete na posição máxima e continuamos como um foguete em pós-combustão máxima.
O TDI mostra números Mach que não são apenas experiências novas, mas completamente assustadoras para nós. Walt diz que seu equipamento agora está quieto e eu sei que é hora de reduzir nossa incrível velocidade. Puxo os manetes para a posição mínima e a aeronave ainda não quer diminuir. Normalmente ela é afetada imediatamente quando se movem os manetes bruscamente, mas por um breve momento ficou lá, em sua velocidade máxima. Ela parecia gostar daquilo, e sendo a aeronave orgulhosa que é, só começou a reduzir a velocidade quando estávamos fora de perigo."

"O SR-71, também conhecido como Blackbird, está sozinho como o jato operacional mais rápido da história, e somente 93 pilotos conduziram o “Sled”, que é o apelido desse avião. Tenho orgulho de dizer que voei cerca de 500 horas nessa aeronave. Conheço-a muito bem. Ela não dava chance a nenhum outro avião, arrastando-se pelos quintais inimigos impunemente. Anulava qualquer míssil, cada MiG, e sempre nos trazia de volta para casa. Nos primeiros 100 anos de aviação nenhum outro avião foi tão marcante." Jesus Diaz Fonte aqui.

Dizem que o Blackbird sangrava, ele é um avião de puro titânio, feito para aquecer tanto que dilata. Funcionava assim: ele subia, dilatava e vinha um aviâo tanque para abastecê-lo. Quando voltava ao solo ele encolhia, fazendo vazar combustível, entenderam porque ele tem as cabines e a parte elétrica no topo?? As juntas do blackbird não podiam ser precisas, este era o preço das altas temperaturas. Outra curiosidade é que seu fluido hidráulico quando frio virava pedra. Por isto, o Blackbird tinha que ser aquecido 24 horas antes das missões. Este é o avião mais rápido já feito (mach 3.5) e voava tão alto que poucos mísseis o alcançavam. O senhor Jesus Diaz é um fodão, somente 93 pilotos conseguiam pilotar esta belezinha. Ver este avião pessoalmente foi a realização de um sonho.





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